domingo, 22 de novembro de 2015

Creepypasta: Número 14


Número 14

Na minha rua todas as casas são bonitas, bem decoradas e num estilo vitoriano, com exceção de uma. A casa da Senhora Louca, todos a chamam assim, pois ela faz jus ao nome.
Tem mania estranhas, como colecionar gatos pretos, plantar ervas daninhas, acender fogueiras a noite, dentre outras. Mas de tudo isso a coisa que mais me perturba nela é o fato dela me chamar de Número 14. Todos os dias quando passo em frente a sua casa ela sorri um sorriso podre e diz:
- Bom dia, número 14.
Eu não respondo. Apenas ignoro e continuo seguindo em frente.
Mas ultimamente ela vem sendo muito inconveniente, ontem ela bateu na minha porta e quando eu atendi ela deu um sorriso de orelha a orelha e disse:
- Como vai número 14?
Em seguida virou as costas e foi embora, sem esperar resposta. Agora a pouco uma pedra atravessou a minha janela, me dando um susto enorme. Quando apanhei a pedra havia um bilhete embrulhado nela, dizendo:
- Estou te esperando, número 14.
Para mim aquilo foi a gota. Estou indo agora mesmo até a sua casa tirar satisfações.

Ao chegar bato em sua porta três vezes, mas ninguém atende. Quando estava quase desistindo a porta se abriu, como se uma corrente de ar houvesse a aberto.

Normalmente eu apenas ignoraria, mas pude ouvir a voz rouca da senhora Louca lá dentro dizendo:
- Entre, número 14.
Entrei na casa e passei por um corredor onde as paredes estavam cobertas de bolor. O corredor me levou até a sala onde uma cena macabra fez com que eu vomitasse sobre o carpete mofado.
Sobre uma mesa haviam 14 bandejas de prata. Sobre 13 delas havia cabeças degoladas coberta por vermes e na décima quarta bandeja havia um papel com meu nome.
Quando me virei para correr, dei de cara com a Senhora Louca. Ela sorria seu sorriso podre e carregava uma foice.
- Olá, número 14. – Ela disse uma ultima vez.  
...
Que bom que encontrei essa casa mobiliada, a corretora me disse que o ultimo dono desapareceu há meses. Minha vizinhança nova é bem legal. Todos são muito simpáticos, com exceção de uma mulher que mora no final da rua. Ela já é bem velha e toda vez que eu passo por perto ela diz:
- Olá, número 15.  


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